Jornal O Politécnico: mudanças entre as edições

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O Politécnico é um jornal fundado em 1944 por Adolfo Lemes Gilioli (que foi, então, seu primeiro editor-chefe) e incorporado ao Grêmio Politécnico a partir de sua 12ª edição. É um projeto tradicional e de grande alcance aos alunos, sendo o maior e mais antigo jornal na Poli. Ao longo de seus quase 80 anos, seu perfil se mostra como um reflexo dos estudantes da Escola, devido à sua atrelação ao Grêmio. Foram realizadas centenas de edições ao longo dos anos, com diferentes nomes, formatos e conteúdos.
O Politécnico é um jornal fundado em 1944 por Adolfo Lemes Gilioli (que foi, então, seu primeiro editor-chefe) e incorporado ao [[Grêmio Politécnico]] a partir de sua 12ª edição. É um projeto tradicional e de grande alcance aos alunos, sendo o maior e mais antigo jornal na Poli. Ao longo de seus quase 80 anos, seu perfil se mostra como um reflexo dos estudantes da [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP)|Escola]], devido à sua atrelação ao Grêmio. Foram realizadas centenas de edições ao longo dos anos, com diferentes nomes, formatos e conteúdos.


Atualmente, é um projeto aberto para todos os estudantes da Poli, para o qual qualquer aluno pode submeter textos. Além disso, todos podem participar da equipe editorial, responsável por discutir os textos produzidos, o formato do Jornal e o seu rumo. Dessa forma, O Politécnico é um projeto de extrema importância histórica e que, ao longo dos seus anos de existência, defendeu e garantiu a liberdade de expressão dos politécnicos e o espaço para debate, disseminação e encontro de ideias, além de promover a divulgação de projetos em engenharia.
Atualmente, é um projeto aberto para todos os estudantes da Poli, para o qual qualquer aluno pode submeter textos. Além disso, todos podem participar da equipe editorial, responsável por discutir os textos produzidos, o formato do Jornal e o seu rumo. Dessa forma, O Politécnico é um projeto de extrema importância histórica e que, ao longo dos seus anos de existência, defendeu e garantiu a liberdade de expressão dos politécnicos e o espaço para debate, disseminação e encontro de ideias, além de promover a divulgação de projetos em engenharia.
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=== Fase do Poli Campus: 1964-1981 ===
=== Fase do Poli Campus: 1964-1981 ===
A partir de 1964, houve o início da ditadura militar no Brasil e, com isso, diversas dificuldades impostas ao Grêmio refletiram no jornal, como a mudança do local do Grêmio do Bom Retiro para a Cidade Universitária. Apesar de existirem publicações d’O Politécnico sob esse nome ainda em junho, já em abril de 1964 o jornal Poli Campus (também grafado como “Poli-Campus”) se mostrava como novo veículo oficial do Grêmio Politécnico. Essa mudança se acentuou nos anos seguintes, e durante toda a década de 70 o jornal utilizou o nome “Poli Campus”.
A partir de 1964, houve o início da ditadura militar no Brasil e, com isso, diversas dificuldades impostas ao Grêmio refletiram no jornal, como a mudança do local do Grêmio do Bom Retiro para a [[Cidade Universitária]]. Apesar de existirem publicações d’O Politécnico sob esse nome ainda em junho, já em abril de 1964 o jornal Poli Campus (também grafado como “Poli-Campus”) se mostrava como novo veículo oficial do Grêmio Politécnico. Essa mudança se acentuou nos anos seguintes, e durante toda a década de 70 o jornal utilizou o nome “Poli Campus”.
[[Arquivo:Capa do “Poli Campus” em abril de 1973, feita por Guido Stolfi e carimbada pelo DOPS..png|nenhum|miniaturadaimagem|282x282px|Capa do “Poli Campus” em abril de 1973, feita por Guido Stolfi e carimbada pelo DOPS.]]
[[Arquivo:Capa do “Poli Campus” em abril de 1973, feita por Guido Stolfi e carimbada pelo DOPS..png|nenhum|miniaturadaimagem|282x282px|Capa do “Poli Campus” em abril de 1973, feita por Guido Stolfi e carimbada pelo DOPS.]]
Durante essa fase, o jornal constantemente se posicionou contra o regime militar. Esses posicionamentos foram marcados, inclusive por capas que,  manifestando-se contra a censura ou referenciando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, foram carimbadas pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), representando, então, o segundo embate entre o jornal e um órgão de censura estatal.
Durante essa fase, o jornal constantemente se posicionou contra o regime militar. Esses posicionamentos foram marcados, inclusive por capas que,  manifestando-se contra a censura ou referenciando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, foram carimbadas pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), representando, então, o segundo embate entre o jornal e um órgão de censura estatal.
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=== Logística das publicações ===
=== Logística das publicações ===
Durante boa parte da década de 2010, as publicações foram feitas bimestralmente, com edições impressas e, posteriormente, disponibilizadas em arquivos para leitura online. As edições possuíam uma data final para entrega dos textos e, após isso, eram diagramadas, impressas e distribuídas gratuitamente na Poli. Houve uma mudança em 2019, quando foi criada uma página no Facebook para O Politécnico, porém não houve edições impressas ou online. Embora não tenha ocorrido o jornal nesse ano, a criação de uma página foi importante em 2020 quando, durante a pandemia de COVID-19, foi necessário adaptar O Politécnico para publicações online, um processo que durou poucas semanas.   
Durante boa parte da década de 2010, as publicações foram feitas bimestralmente, com edições impressas e, posteriormente, disponibilizadas em arquivos para leitura online. As edições possuíam uma data final para entrega dos textos e, após isso, eram diagramadas, impressas e distribuídas gratuitamente na Poli. Houve uma mudança em 2019, quando foi criada uma [https://facebook.com/jornalpolitecnico página no Facebook] para O Politécnico, porém não houve edições impressas ou online. Embora não tenha ocorrido o jornal nesse ano, a criação de uma página foi importante em 2020 quando, durante a pandemia de COVID-19, foi necessário adaptar O Politécnico para publicações online, um processo que durou poucas semanas.   
[[Arquivo:Visual do Instagram do jornal.png|nenhum|miniaturadaimagem|Visual do Instagram do jornal]]
[[Arquivo:Visual do Instagram do jornal.png|nenhum|miniaturadaimagem|Visual do Instagram do jornal]]
Diante dessa mudança, também foi criado um site para que as publicações ficassem mais bem armazenadas. A decisão foi de, quando conveniente, diagramar os textos publicados online no formato da edição física para que a produção não se perdesse. Em 2021, também foi criado um Instagram para O Politécnico, que permitiu que as publicações tivessem maior alcance e consagrou a versão online do jornal.
Diante dessa mudança, também foi criado um [https://jornal.gremiopolitecnico.com.br site] para que as publicações ficassem mais bem armazenadas. A decisão foi de, quando conveniente, diagramar os textos publicados online no formato da edição física para que a produção não se perdesse. Em 2021, também foi criado um [https://www.instagram.com/jornalopolitecnico/ Instagram] para O Politécnico, que permitiu que as publicações tivessem maior alcance e consagrou a versão online do jornal.


= Notas =
= Notas =
# A questão da contagem de anos n’O Politécnico é complexa. Considerando o ano de 1944 (fundação d’O Politécnico) como ano 1 (I), conforme fez o fundador, existirão diversas inconsistências na contagem ao longo dos anos. Em uma capa de 1946, o que deveria ser o ano 3 (III), é indicado ano 2 (II), um erro que permanece, pelo menos, até 1948. Em 1999, quando se retoma o nome “O Politécnico”, é indicado o ano 55 (LV), enquanto deveria ser ano 56 (LVI), um erro que continua até 2008 (“ano LXIV”). Em 2009, por julgar que não havia ocorrido O Politécnico no ano anterior, a equipe decidiu excluir aquele ano da contagem e 2009 foi, novamente, o ano LXIV (agora, uma contagem errada por 2 anos). Esse erro se manteve até 2018. Em 2019 não houve edições. Em 2020, o ano, por uma confusão do editor-chefe, apareceu como MMXX (literalmente o ano da publicação no calendário). Nesse mesmo ano, as inconsistências foram notadas e, após julgar que o mais adequado seria manter 1944 como ano 1, 2020 foi o ano 77 (LXXVII), corrigindo a contagem. O erro inicial se deu, tanto em 1946 quanto em 1999, provavelmente por considerar que o ano seria a subtração do ano em que estavam pelo ano de fundação do jornal. Nesse método, é como se 1944 fosse o “ano zero”, algo não usado na maioria dos calendários. Já no Politreco, em 1993 (ano 12 daquele jornal), na edição 224, aparece como ano XXII (22), algo que é corrigido nas próximas edições. É garantido que a contagem permaneceu adequada até 1995, porém, entre esse ano e 1997, eventualmente há algum erro de contagem crasso que faz com que as edições de 1997 (ano 16), sejam apresentadas como ano 9. Esse erro foi corrigido na edição 264, em 1998.
# A questão da contagem de anos n’O Politécnico é complexa. Considerando o ano de 1944 (fundação d’O Politécnico) como ano 1 (I), conforme fez o fundador, existirão diversas inconsistências na contagem ao longo dos anos. Em uma capa de 1946, o que deveria ser o ano 3 (III), é indicado ano 2 (II), um erro que permanece, pelo menos, até 1948. Em 1999, quando se retoma o nome “O Politécnico”, é indicado o ano 55 (LV), enquanto deveria ser ano 56 (LVI), um erro que continua até 2008 (“ano LXIV”). Em 2009, por julgar que não havia ocorrido O Politécnico no ano anterior, a equipe decidiu excluir aquele ano da contagem e 2009 foi, novamente, o ano LXIV (agora, uma contagem errada por 2 anos). Esse erro se manteve até 2018. Em 2019 não houve edições. Em 2020, o ano, por uma confusão do editor-chefe, apareceu como MMXX (literalmente o ano da publicação no calendário). Nesse mesmo ano, as inconsistências foram notadas e, após julgar que o mais adequado seria manter 1944 como ano 1, 2020 foi o ano 77 (LXXVII), corrigindo a contagem. O erro inicial se deu, tanto em 1946 quanto em 1999, provavelmente por considerar que o ano seria a subtração do ano em que estavam pelo ano de fundação do jornal. Nesse método, é como se 1944 fosse o “ano zero”, algo não usado na maioria dos calendários. Já no Politreco, em 1993 (ano 12 daquele jornal), na edição 224, aparece como ano XXII (22), algo que é corrigido nas próximas edições. É garantido que a contagem permaneceu adequada até 1995, porém, entre esse ano e 1997, eventualmente há algum erro de contagem crasso que faz com que as edições de 1997 (ano 16), sejam apresentadas como ano 9. Esse erro foi corrigido na edição 264, em 1998.
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