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(Grêmio Politécnico - Contatos, logo e texto da história) |
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<!--.E PROIBIDO!!!!--> | <!--.E PROIBIDO!!!!-->[[Arquivo:Logo-Grêmio.png|direita|204x204px]] | ||
O Grêmio Politécnico é uma entidade representativa com 117 anos de história. É composto e responsável pelos estudantes da [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI|Escola Politécnica da USP]], localizada no Campus do Butantã no coração de São Paulo. O Grêmio envolve o trabalho de voluntários, seus diretores, a fim de não só representar os estudantes em questões acadêmicas e estudantis no geral, mas também de garantir a eles oportunidades, permitindo que a Poli seja um ambiente de desenvolvimento pessoal, tecnológico, científico e profissional. | O Grêmio Politécnico é uma entidade representativa com 117 anos de história. É composto e responsável pelos estudantes da [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI|Escola Politécnica da USP]], localizada no Campus do Butantã no coração de São Paulo. O Grêmio envolve o trabalho de voluntários, seus diretores, a fim de não só representar os estudantes em questões acadêmicas e estudantis no geral, mas também de garantir a eles oportunidades, permitindo que a Poli seja um ambiente de desenvolvimento pessoal, tecnológico, científico e profissional. | ||
O seu trabalho é dedicado a diversas áreas, desde a formação e amparo a alunos até o oferecimento de serviços. Ele atua na Representação Discente, | O seu trabalho é dedicado a diversas áreas, desde a formação e amparo a alunos até o oferecimento de serviços. Ele atua na Representação Discente, formação e capacitação de alunos e no serviço de suas três empresas: a [[Grêmio Politécnico#Minerva|Minerva]], uma lanchonete; o [[Grêmio Politécnico#Poliglota Idiomas|Poliglota Idiomas]], a escola de idiomas do Grêmio; e a [[Grêmio Politécnico#Copiadora Politécnica|Copiadora Politécnica]]. | ||
A estrutura e divisão de tarefas da entidade, hoje, envolve três frentes. A primeira administra as três empresas, sendo responsável por todo o nosso planejamento financeiro. Além disso, também temos uma área dedicada à promoção de eventos e projetos que envolvam e conectem a comunidade politécnica entre si e com a sociedade. | A estrutura e divisão de tarefas da entidade, hoje, envolve três frentes. A primeira administra as três empresas, sendo responsável por todo o nosso planejamento financeiro. Além disso, também temos uma área dedicada à promoção de eventos e projetos que envolvam e conectem a comunidade politécnica entre si e com a sociedade. Por fim, a Representação Discente que envolve a defesa dos interesses e demandas dos estudantes, frente a [[Órgãos Colegiados da Poli|órgãos colegiados]], além de promover oportunidades de [[Permanência Estudantil|permanência estudantil]] e diversidade dentro da comunidade politécnica. | ||
O Grêmio tem papel essencial para toda a comunidade, servindo como ponte entre os estudantes e a [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI|Escola]]. | O Grêmio tem papel essencial para toda a comunidade, servindo como ponte entre os estudantes e a [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI|Escola]]. Mesmo diante de um cenário de pandemia mundial, ele continuou se renovando para continuar trazendo todo o apoio necessário para os Politécnicos. | ||
== História == | |||
O Grêmio Politécnico da Universidade de São Paulo foi fundado em 1º de Setembro de 1903 por Alexandre Albuquerque, sendo o segundo centro acadêmico mais antigo do Brasil. Idealizado para representar os anseios dos Politécnicos e liderar o movimento estudantil de nossa escola, desde sua fundação o Grêmio sempre teve papel de grande relevância no movimento estudantil Municipal, Estadual e, em muitos momentos, até mesmo Federal. Um exemplo disso, são os anos entre 1964 e 1985, nos quais lutou ativamente contra a Ditadura Militar. Sendo assim, seja defendendo os valores democráticos ou por meio de projetos de cunho social voltados a nossos representados e a comunidade externa, sempre assumiu papel de liderança. | |||
Já em seus primeiros anos, nossa instituição, por meio de seus representantes, já demonstrava grande preocupação e compromisso com nosso país, motivo pelo qual em 23 de Março de 1918, em conjunto com a Liga de Defesa Nacional, foi criada a Campanha Paula Souza, que consistia em uma escola noturna de alfabetização de adultos, a qual funcionava nos porões da Escola Politécnica. Foi a primeira campanha de alfabetização de adultos, apoiada pelo estado e mantida por doações e bailes. | |||
Após três décadas, nas quais a entidade se estruturou e realizou diversos projetos, o Grêmio se envolveu de maneira ativa no combate de diversas medidas anti-democráticas tomadas pelo governo Vargas, chegando até mesmo a participar da Revolução Constitucionalista. Na situação, a Escola Politécnica se transformou em uma verdadeira fábrica de guerra, produzindo material bélico para os combatentes Paulistas. Além disso, diversos alunos politécnicos foram ao fronte de guerra para que, assim, pudessem ensinar aos guerreiros a forma correta de utilizar a granada de mão produzida na Poli, visto que tal arma ainda era pouco conhecida. Ainda na década de 30, o Grêmio se envolveu em várias outras lutas, tanto em âmbito interno à Universidade quanto em âmbito externo, participando de movimentos de grande importância, como a discussão sobre a existência de Petróleo no subsolo brasileiro. Também participou da criação da União Nacional dos Estudantes (UNE), ao lado da qual atuou fortemente contra a proliferação de ideias nazifascistas no Brasil. A partir de 1937, o Estado Novo foi implantado e os direitos civis passaram a sofrer repressão, o que levou a entidade representativa dos alunos da Poli a lutar avidamente pela restituição da Democracia no Brasil. | |||
Dessa forma, do início da década de 40 até o fim do Estado Novo, o Grêmio Politécnico, junto com a recém-criada UNE e outros CAs - como o XI de Agosto, por exemplo - participou ativamente de várias campanhas favoráveis à democracia. Dentre os diversos movimentos, um dos mais marcantes foi a Passeata da Mordaça, em 1943, na qual alunos e professores universitários protestaram no Largo São Francisco, em frente à faculdade de Direito, contra o regime, a repressão e a violência. Outra conquista marcante da década de 40, foi a obtenção de um prédio próprio para a Campanha Paula Souza, escola para alfabetização de adultos que até então funcionava nos porões da Poli. Assim, essa foi ampliada e recebeu o nome de Escola Alexandre Albuquerque. Mais tarde, em 1948, mais uma importante iniciativa surgiu: o Curso Politécnico, o qual era um curso preparatório para o vestibular em que os próprios alunos da Poli lecionavam. | |||
Findo o Estado Novo, o início da década de 1950 foi marcado por lutas internas na Universidade. Logo em 1950, o trote foi abolido em assembleia, visto que o mesmo na maior parte das vezes se tornava palco de atos de violência e desrespeito contra os calouros. Já em 1951, mais uma luta se apresentou: o Grêmio organizou uma greve que perdurou por quase dois meses, que tinha como reivindicações o direito a uma prova substitutiva e a reestruturação dos cursos de engenharia. Posteriormente, em 1954, devido a diversos atritos entre o Grêmio e a Diretoria, a Escola deixou de reconhecer a entidade como representativa dos Politécnicos. Assim, como resposta, os alunos decidiram, em uma das assembleias mais agitadas de nossa história, entrar em greve por tempo indeterminado. À esse movimento, uniu-se a União Estadual dos Estudantes, estendo-o assim para todo o Estado. Até mesmo a UNE chegou a declarar greve oficial de 5 dias. O resultado foi que, após diversas pressões, a Escola Politécnica voltou a reconhecer o Grêmio como entidade representativa. | |||
Com o fim da década de 50, um dos momentos mais conturbados do Grêmio Politécnico se apresentou à instituição em 1964: após a ocorrência de um golpe de estado, iniciavam-se as duas décadas da ditadura militar. Nesse período, todas as entidades estudantis lutaram ativamente contra o regime e a entidade representativa dos Politécnicos foi uma das principais lideranças desse movimento. Sendo assim, já em 1964, atuou fortemente contra a Lei “Suplicy de Lacerda”, que colocou diversas entidades estudantis (como a UNE, por exemplo) na ilegalidade. Nos anos seguintes, a entidade se envolveu em diversas lutas, como, por exemplo, a “Passeata dos 100 mil”. Além disso, foi também alvo de diversas repressões por parte da patrulha ideológica da ditadura, chegando até mesmo a ter seu presidente, Antônio Carlos Fernandes, preso por ação de agentes da Operação Bandeirantes. Com isso, uma carta aberta foi elaborada e distribuída na Escola, tendo essa sido uma das primeiras vezes que uma prisão foi publicamente denunciada em plena ditadura. | |||
Se a década de 60 havia sido de muitas lutas, a de 70 não seria diferente. Com a prisão de diversos estudantes, o Grêmio propôs ao Conselho dos Centros Acadêmicos da USP a organização de um show para a arrecadação de fundos para prestar auxílio às famílias dos presos políticos. Com o crescimento deste movimento, em 1974 foi criado o Comitê de Defesa aos Presos Políticos, sendo o Centro Acadêmico Politécnico um dos organizadores deste, que tinha como objetivo divulgar as prisões e as condições dos presos políticos do país. Um momento marcante desta luta contra as prisões políticas, foi o show de Gilberto Gil, organizado pela entidade e realizado no anfiteatro do Biênio. O show, que ocorria de forma clandestina, deveria durar apenas meia hora, mas se estendeu por mais de duas horas e abordou temas sensíveis à situação vivida na época. Em decorrência da prisão do professor José Luiz Magnani e da morte de Vladimir Herzog, ocorreram, também, paralisações aprovadas de forma unânime em uma assembleia realizada na Poli, com a intenção de emitir um posicionamento claro e unido. Além disso, nessa época, nossa entidade também participou da rearticulação do movimento estudantil no país. Dado que a UNE era uma das entidades mais vigiadas e reprimidas durante a ditadura, esse era um dos grandes desafios da época. Porém, por meio dos “Encontros de Engenharia” tornou-se possível realizar debates com temas políticos sem levantar suspeitas. | |||
Já na década de 80, o Grêmio Politécnico participou ativamente do movimento das Diretas Já, sendo o ano de 1984 marcado por intensa mobilização civil. Com o fim da Ditadura, a entidade voltou-se a projetos internos e, com o objetivo de inserir a arte e a cultura no ambiente Politécnico, realizou a primeira Semana de Arte da Poli (SAPO). Tal projeto foi tão marcante que perdura até os dias atuais. Outro projeto que se iniciou nos anos 80, foi o IntegraPoli, o qual surgiu como atividade integrativa com o objetivo de se opor à violência do trote. | |||
Mais tarde, em 1989, nosso CA passou por uma reformulação: a antiga estrutura administrativa foi diluída e, em seu lugar, uma nova geração de alunos reformulou a entidade e construiu as bases do “novo” Grêmio. O objetivo dos alunos que assumiram a instituição era claro: fazer as coisas acontecerem por conta própria. Assim, novas fontes de renda foram formuladas e o jornal “O Politécnico” voltou a fazer parte do dia-a-dia dos alunos após um período de inatividade. Nessa época, o Cursinho da Poli teve uma ascensão fantástica, chegando até mesmo a ter comerciais na TV aberta. | |||
Após a reestruturação do fim da década de 80, o início da década de 90 foi marcado por 2 grandes acontecimentos, um no plano interno e outro no plano externo à entidade. No plano interno, em 1992, o Grêmio quitou a última parcela de dívidas trabalhistas (acumuladas na década anterior), que consumiam quase todo o orçamento da entidade, permitindo que a mesma investisse mais em seus projetos. No plano externo, a entidade marcou presença nos manifestos que reivindicam o Impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello, após serem deflagrados os escândalos de corrupção ocorridos em seu governo. Ainda nesta década, a entidade se organizou para discutir as mudanças curriculares chamadas “Poli 2000” e conseguiu mobilizar um número razoável de pessoas para essas discussões. Ademais, criou o Centro de Idiomas da Poli em 1994, com o objetivo de auxiliar os alunos do instituto no aprendizado de outros idiomas. Outro acontecimento relevante, foi a saída do Cursinho da Poli de dentro da USP. Após uma decisão do CTA de não permitir as atividades do órgão na Poli, esse passou a funcionar no prédio da História e da Geografia e, em 1996, saiu oficialmente da USP. Posteriormente, em 2002, foi fundado o Instituto Grêmio Politécnico de Desenvolvimento da Educação (IGPDE). Porém, tal iniciativa desvirtuou os objetivos da instituição, que perdeu seu cunho social e passou a ser apenas mais um cursinho comercial. Posteriormente, os diretores da gestão da época deram um golpe no Grêmio e se tornaram proprietários deste cursinho. Assim, o Grêmio criou um novo Cursinho da Poli-USP, o qual funciona até hoje na Escola Politécnica. | |||
A década do Centenário do Grêmio foi marcada por um acontecimento amargo para a instituição: a desapropriação da Casa do Politécnico, a CaDoPô. Essa, era um prédio de posse do Grêmio situado no Bom Retiro, o qual por muitas décadas abrigou diversas gerações de Politécnicos vindos de outros estados do Brasil. Porém, após anos de impostos acumulados aliados ao estado de abandono em que se encontrava o prédio, o mesmo foi desapropriado pela Prefeitura de São Paulo. Além disso, nesta época, a entidade acumulou um gigantesco passivo trabalhista e fiscal de cerca de R$3.000.000. Posteriormente, ao final da década, mais uma vez o Grêmio passou por reformas administrativas: os escritórios de contabilidade e de advocacia foram trocados, as empresas reestruturadas e novas parcerias firmadas. No campo da representatividade, o Grêmio passou a consultar cada vez mais os alunos em relação à suas ações e posicionamentos, e estabeleceu-se que grandes decisões seriam tomadas por meio de plebiscitos com 3 dias de urna em detrimento das assembleias deliberativas, modelo que persiste até os dias atuais na Poli e garante quóruns maiores e, portanto, decisões mais representativas. | |||
A partir de 2010, o Grêmio voltou a se aproximar da Diretoria - da qual havia se distanciado na década anterior - o que trouxe muitos frutos positivos tanto para a Poli quanto para os alunos. Um dos benefícios foi o Endowment da Escola Politécnica (EEP), o qual começou com R$ 100 mil do Grêmio no início de 2011, além de doações de professores e da própria diretoria. A ideia era criar um fundo perpétuo, do qual 40% seriam aplicados em renda fixa e 60% em renda variável. Com isso, o lucro da operação seria investido em projetos de extensão e pesquisa da faculdade e o fundo cresceria a partir de doações de ex-alunos. Mais tarde, em 2014, o Endowment da Escola Politécnica foi fundido ao Fundo Amigos da Poli, o qual está presente em nosso instituto até os dias atuais investindo nos alunos. Outro grande projeto realizado em 2011, foi a Reforma da Vivência, a qual reestruturou todo o espaço debaixo do Grêmio (atual Minerva), dando uma cara nova ao local e tornando-o mais aconchegante para os alunos. Além disso, ao longo da segunda metade da década, a entidade se esforçou cada vez mais para se tornar mais presente no dia-a-dia do aluno, prestando a ele diversos serviços através de suas empresas e de seus projetos, como o fuja do nabo, o Poli 3100, a Semana de Inovação, o SOS Poli, entre outros. Tais projetos buscam ajudar os alunos acadêmica e socialmente, auxiliando na permanência desses na Universidade. | |||
Por fim, a entidade chegou à década atual. Como todos sabem, essa se iniciou com diversos desafios desencadeados pela crise sanitária que vivemos. Apesar disso, em nenhum momento o Grêmio parou de atender às demandas de seus alunos. Em parceria com o Diretório, com a Diretoria e a Associação dos Engenheiros Politécnicos, a instituição angariou notebooks e firmou parcerias com empresas de telefonias para garantir o acesso às aulas para diversos alunos. No campo da Representação Discente, atuou nos órgãos colegiados do instituto para defender os interesses dos alunos, levantando, em parceria com o Diretório, diversas pautas relevantes, como a questão das Regras de Estágio, por exemplo. Por último, no campo administrativo, apesar do imenso desafio, a instituição foi capaz de se manter funcionando por meio da negociação de dívidas, cortes de gastos e da busca por novas formas de angariar recursos. | |||
Ao longo de toda a sua história, a entidade Grêmio Politécnico sempre flertou com a grandeza e um dos grandes motivos para isso é a natureza prática do engenheiro. Nos últimos 118 anos, os estudantes e os ex-alunos da Escola Politécnica nunca deixaram de cumprir com seu papel com a sociedade, sempre buscando alcançar a excelência ao servir a mesma. Olhando para trás, para os quase 120 anos da instituição, torna-se clara sua contribuição para a história dentro e fora da Universidade. Torna-se claro também que ainda podemos esperar grandes ações do Grêmio, da Poli e dos Politécnicos. | |||
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O Ano Amarelo consiste em um projeto que pretende trazer a discussão sobre saúde mental para o ano todo. Dessa forma, são propostas rodas de conversa, acompanhadas por profissionais, sobre assuntos diversos, como depressão, ansiedade e demais transtornos psicológicos, além de informações divulgadas de forma responsável e tendo em vista a importância da ajuda profissional. | O Ano Amarelo consiste em um projeto que pretende trazer a discussão sobre saúde mental para o ano todo. Dessa forma, são propostas rodas de conversa, acompanhadas por profissionais, sobre assuntos diversos, como depressão, ansiedade e demais transtornos psicológicos, além de informações divulgadas de forma responsável e tendo em vista a importância da ajuda profissional. | ||
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